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Quando o Corpo Dói, Mas a Alma Canta
Hoje o vento me acordou com cheiro de maresia e lembrança. As dores vieram junto, como quem bate à porta sem ser convidado: ombro, joelho, coluna — todos querendo conversar. Mas eu não discuto com o tempo. Ele fala, eu escuto. Faço café, visto minha camisa mais elegante e saio. O céu está cor de festa, azul com pontinhos dourados. A bicicleta me espera como uma velha amante: elétrica, fiel, charmosa. Subo nela como quem sobe num palco.

Silvia Rocha
4 de out.3 min de leitura
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